terça-feira, 26 de julho de 2011

Discos Pessoais: Jamiroquai -The Return Of The Space Cowboy (1994)



Falar de Jamiroquai pra mim talvez seja a coisa mais fácil. Não só por se tratar da minha banda favorita, mas também por ter sido a banda que fez mudar completamente a minha forma de tocar contrabaixo. Eu tinha 17 anos e até então estava viciado em bandas de Heavy Metal onde o baixo basicamente acompanhava o bumbo duplo do baterista. Quando um amigo me apresentou "Emergency On Planet Earth", o primeiro disco da banda. Aquilo simplesmente era um espanto para um garoto até então viciado em Heavy Metal. Aquele baixista não usava o contrabaixo como uma metralhadora pra acompanhar a bateria. Eu sentia como se cada nota tivesse uma razão para estar ali, aquele som grave cheio de balanço foi me contagiando, tanto que esse amigo nunca mais viu o CD que ele havia me emprestado. O nome daquele Baixista? Simplesmente o cara que eu mais venero musicalmente falando. O Eddie Van Hallen do Contrabaixo: Stuart Zender. Desde então busquei outras coisas da banda e daquilo que eu descobri mais tarde ser um estilo chamado de Acid-Jazz.

O nome Jamiroquai é derivado do nome da tribo Iroquoi de nativos norte-americanos, com os quais Jay Kay diz se identificar filosoficamente, combinado à expressão 'Jam', como em Jam session, do idioma inglês
Jamiroquai é uma banda britânica de jazz funk e acid jazz liderada pelo cantor Jay Kay. A banda é popular no mundo todo e é o membro mais conhecido do cenário acid jazz, movimento londrino do início dos anos 90, junto a outros grupos como Incognito, Brand New Heavies, Galliano, e Corduroy. Jamiroquai vendeu mais de 35 milhões de álbuns no mundo inteiro e ganhou um Grammy em 1997.

The Return Of The Space Cowboy é um disco cheio de comentários mordazes sobre as práticas de uma sociedade conservadora. O impacto deste disco ficou restrito ao reino unido. Somente no Disco seguinte, a banda ganharia notoriedade mundial com "Travelling Without a Moving". A banda na época costumava em suas apresentações durante a execução da música "Space Cownboy" acender um cigarro de maconha e todos em uma espécie de ritual fumarem tudo até a última ponta (Qualquer semelhança com o Planet Hemp é bem atribuída a este fato). Seguem as Faixas do álbum:
  1. "Just Another Story"
  2. "Stillness in Time"
  3. "Half the Man"
  4. "Light Years"
  5. "Manifest Destiny"
  6. "Kids"
  7. "Mr. Moon"
  8. "Scam"
  9. "Journey to Arnhemland" (instrumental)
  10. "Morning Glory"
  11. "Space Cowboy"

    De todas as faixas, destaco "Just Another Story",  "Light Years", "Manifest Destiny", "Kids", "Mr. Moon", "Scam" e a clássica "Space Cowboy". Aprendi a tocar todas essas músicas no Contrabaixo e lembro o quanto foi difícil naquela época migrar de um genero mais 'reto' musicalmente para uma coisa mais swingada. Em um nível de dificuldade "Light Years" e "Mr.Moon" são as mais complexas musicalmente falando, Porém, o disco não é nada complexo e tem pra mim o Groove mais legal do Jamiroquai, que é o de "Manifest Destiny". The Return Of The Space Cowboy é um disco que tem que ser apreciado como um bom vinho, devagar e percebendo cada detalhe e sutileza sonora.

    Agora algumas músicas obrigatórias:

    1 -Virtual Insanity - Presente no Album "Travelling Without a Moving". É a música mais famosa da Banda. Falando dos perigos e ameaças presentes na engenharia genética.
2 - When You Gonna Learn - Presente no primeiro álbum da banda "Emergency On Planet Earth". Musica bem dançante, mas com o conteudo político que fala sobre a intolerância entre os povos.


3 - Main Vein - Do disco "Funk Odyssey". Marca a mudança da Banda. Após a saída de Zender, as músicas começam a falar das relações pessoais. Daqui pra frente o conteúdo político e filosófico vai ser deixado um pouco de lado por Jay Kay.


4 - Love Foolosophy - Também de "Funk Odyssey". É uma espécie de "Exagerado" do Cazuza da banda. Onde Jay Kay mostra literalmente esse lado exagerado de uma relação amorosa.


5 - Black Capricorn Day - Presente em "Synkronized". É o primeiro disco sem Stuart Zender no baixo. Existe a lenda de que o disco foi composto em "homenagem" a Zender, por Jay Kay chamá-lo de mesquinho. Tanto que a última música do disco "King For a Day" é essa "homenagem" de uma forma explícita. Black Capricorn Day fala da mesquinharia das pessoas diante da correria cotidiana.


Espero que tenham gostado. No próximo post ainda vou continuar na vibe Black-soul. Até a próxima.

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